Pentecostes, do grego, pentekosté, é o quinquagésimo dia após a
Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da
Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a
presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o
Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua
presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.
A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da
colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma
festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a
terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação
da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).
No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos
Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com
Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes
judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um
ruído, “como se soprasse um vento impetuoso”. “Línguas de fogo” pousaram
sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e
começaram a falar em diversas línguas.
Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a
plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos
manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e
na missão dos discípulos.
O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo.
Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma
confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e
chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da
Igreja e sua vocação para a missão universal.
Com a solenidade
de Pentecostes o círio pascal é retirado do presbitério e conduzido ao
batistério, onde permanece ao longo de todo o ano para ser aceso durante o
Batismo. Como indica a Carta Circular Paschalis Solemnitatis, da Congregação
para o Culto Divino (n. 99), ao referir-se ao Tempo Pascal:
“O círio pascal, colocado junto do ambão ou perto do altar, permaneça
aceso ao menos em todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo,
tanto na missa como nas laudes e vésperas, até ao domingo de Pentecostes,
Depois, o círio é conservado com a devida honra no batistério, para acender
nele os círios dos neo-batizados. Na celebração das exéquias o círio pascal
seja colocado junto do féretro, para indicar que a morte é para o cristão a sua
verdadeira Páscoa.
O gesto de
retirada do círio pascal na solenidade de Pentecostes costuma ser solenizado em
alguns lugares. Contudo, tal gesto não deve ser acompanhado de orações, uma vez
que não há nenhum formulário aprovado pela autoridade competente, isto é, a
Santa Sé. Portanto, tal rito deve ser feito em silêncio ou acompanhado de um
canto de índole pascal ou pneumatológica (relativa ao Espírito Santo).
“Na verdade, o círio pascal é apagado, para simbolizar a conclusão da presença visível do Senhor e o início daquela visível por obra do Espírito. Esse gesto indica a diferença entre Páscoa e Pentecostes. Ainda, após a despedida aleluiática dos fieis, o sacerdote celebrante pode apagar o círio - como previsto na forma extraordinária já na Ascensão - e retirar os grãos de incenso que ele antes havia cravado no círio na noite de Páscoa”.
Referências:
http://pilulasliturgicas.blogspot.com.br/2012/05/o-apagar-do-cirio-pascal.html
http://www.comshalom.org/o-que-e-a-festa-de-pentecostes/
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