segunda-feira, 16 de maio de 2016

Solenidade de Pentecostes - Conclusão do Tempo Pascal




Pentecostes, do grego, pentekosté, é o quinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.
A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).

No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, “como se soprasse um vento impetuoso”. “Línguas de fogo” pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.

Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.

O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

Com a solenidade de Pentecostes o círio pascal é retirado do presbitério e conduzido ao batistério, onde permanece ao longo de todo o ano para ser aceso durante o Batismo. Como indica a Carta Circular Paschalis Solemnitatis, da Congregação para o Culto Divino (n. 99), ao referir-se ao Tempo Pascal:



“O círio pascal, colocado junto do ambão ou perto do altar, permaneça aceso ao menos em todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo, tanto na missa como nas laudes e vésperas, até ao domingo de Pentecostes, Depois, o círio é conservado com a devida honra no batistério, para acender nele os círios dos neo-batizados. Na celebração das exéquias o círio pascal seja colocado junto do féretro, para indicar que a morte é para o cristão a sua verdadeira Páscoa. 



O gesto de retirada do círio pascal na solenidade de Pentecostes costuma ser solenizado em alguns lugares. Contudo, tal gesto não deve ser acompanhado de orações, uma vez que não há nenhum formulário aprovado pela autoridade competente, isto é, a Santa Sé. Portanto, tal rito deve ser feito em silêncio ou acompanhado de um canto de índole pascal ou pneumatológica (relativa ao Espírito Santo).


“Na verdade, o círio pascal é apagado, para simbolizar a conclusão da presença visível do Senhor e o início daquela visível por obra do Espírito. Esse gesto indica a diferença entre Páscoa e Pentecostes. Ainda, após a despedida aleluiática dos fieis, o sacerdote celebrante pode apagar o círio - como previsto na forma extraordinária já na Ascensão - e retirar os grãos de incenso que ele antes havia cravado no círio na noite de Páscoa”.


Referências:

http://pilulasliturgicas.blogspot.com.br/2012/05/o-apagar-do-cirio-pascal.html 

http://www.comshalom.org/o-que-e-a-festa-de-pentecostes/

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